A ciência no século XXI

Desde que a administração Bush subiu ao poder, a ciência tem sofrido um descrédito junto da população sem precedentes desde o Iluminismo. Cortes nos apoios, legislar contra a investigação de células estaminais com um fundamento ético-religioso e o agravar do celeuma Mundo Cristão vs Mundo Islâmico têm relevado a ciência para segundo plano.

Carl Sagan, ao falar sobre a equação de Drake (que mede estatisticamente a possibilidade de existirem civilizações inteligentes no Universo conhecido) refere que o maior problema chega quando uma civilização atinge o ponto em que se pode auto-destruir, e que a probabilidade de isso acontecer é muito elevada, dado até hoje não existir conhecimento de qualquer prova irrefutável de contato com outras civilizações extraterrestes. Mais recentemente, Michio Kaku, um dos fundadores da string field theory, e um apaixonado por estas questões, fala sobre os estágios das civilizações, dividindo-os em 4 partes, do tipo 0 ao tipo 3. Segundo ele, a Humanidade está na viragem da de tipo 0 (civilização que ainda depende da energia fóssil) para a tipo 1(civilização com o poder de controlar todos os fenómenos do seu planeta, desde terramotos a furacões a erupções vulcânicas), que ele prevê que aconteça nos próximos 100 anos. Isto, claro, se a Humanidade não se auto-destruir até lá.

Não vemos estes cientistas a falar de apocalipses, vemos sim uma desilusão velada no ser humano, que parece cada vez mais rejeitar a ciência em detrimento de folclore e crenças que não deveriam ultrapassar o espectro da fé, colocando em causa o progresso científico da nossa civilização.