A Cláudia Mecânica: Lord of the Rings

Traída pelo excesso de trabalho que não me permite dar mais tempo do que queria a uma das trilogias mais geniais de sempre, hoje vou literalmente encher-vos de temas vários.

A obra dispensa apresentações. Escrita por J. R. R. Tolkien e adaptada ao cinema por Peter Jackson (os filmes saíram entre 2001 e 2003), criou uma legião de milhões de fãs em todos os cantos do mundo. A história é bem conhecida de todos: centra-se em Frodo, um hobbit, que tem a missão de levar o “one ring to rule them all” do Shire para Mordor, mais propriamente de volta às chamas de Mount Doom para ser destruído. Pelo meio, mil aventuras que metem elfos, orcs, anões e toda uma panóplia de criaturas que nasceram na mente de Tolkien, que muitos dizem ter sido inspirada pela obra de Wagner “O Anel do Nibelungo”.

Não quis deixar de, mesmo numa versão bastante curta, aproveitar para dar a lembrar ao mundo uma das bandas sonoras mais bem compostas que já ouvi. A semana passada referi o nome de Howard Shore aquando da passagem pelo Fincher e só depois se fez click para uma das suas grandes obras primas, e que lhe valeu inclusivamente três óscares. Shore é conhecido exactamente pelas bandas sonoras, mais propriamente por ser o menino querido do Cronenberg, com quem tem trabalhado em todos os seus filmes (excepto um), mas é mesmo com Lord of the Rings que consegue atingir o auge. Para a trilogia, gravou centenas de horas de música. Nas diversas compilações consegui,os encontrar a maior parte das composições (mesmo diversos temas que não aparecem nos filmes). A banda sonora foi gravada pela Orquestra Sinfónica de Londres, pelas London Voices e pela Orquestra Sinfónica da Nova Zelândia. Curioso ainda referir que as faixas que têm letra são cantadas nas diversas línguas que Tolkien criou para as criaturas de Middle Earth.

Em Lord of the Rings, a música é perfeita (acho que usar esta palavra é um understatement) para acompanhar cada cena, seja ela a que for. Desde as brutais cenas de guerra, às vitórias ou às pequenas conquistas na cruzada diária. A trilogia como um todo é magnífica, melhor dizendo (sim, sou mais uma no meio dos tais milhões).

Passando à música e indo directamente para uma breve selecção musical, escolho um par de temas que reflectem exactamente esta epicidade ora conquistadora, ora dramática a que me refiro, que nos arrepiam à grande:

1) O clássico Bridge of Khazad-Dûm:

2) A Knife in the Dark

3) Foundations of Stone

4) Concerning the Hobb

http://www.youtube.com/watch?v=_pGaz_qN0cwits