Dialing In – Ketalysergicmetha Mother Cd-r (2005)
Esculturas sonoras bem ao meu gosto a lembrarem Belong, Fennesz e até My Bloody Valentine. Sentimo-nos num quarto cheio de guitarras saturadas em distorção num loop constante. Excelente. Recomenda-se!

Grails – Burning Off The Impurities (2007)
Por uma razão qualquer nunca morri de amores por este quarteto de Portland. Parecem ter todos os ingredientes que agradam a um fã do pós-rock, até editam através de excelentes etiquetas como a Neurot ou Temporary Residence, mas nunca me despertaram o suficiente. Vou na terceira audição e, apesar de até me estar a agradar, continuo com aquela vontade de o deixar para trás e passar ao próximo…Lift To Experience – Callin’ Out To Jesus In The Middle Of The Night 7” (2000)
Haverá fãs suficientes no Porto para um concerto de Josh Pearson a solo? Se sim, enviem mail. Há boas hipóteses de ele vir cá mas sinceramente não vamos arriscar sem garantias.
Este 7” é na verdade um split com os The Autumns mas como o que interessa são os LtE basta dizer que esta “Calling…” é tão boa tão boa que merecia estar nesse único (em todos aspectos) álbum de 2001. Até digo mais: essa obra-prima está na Louie Louie a 7,95€.

Old Man Gloom – Meditations in B (2000)
Único álbum que eu não conhecia de um dos melhores projectos do underground mais pesado. Membros de Isis, Converge, Cave In e Jesuit oferecem-nos uma experiência claustrofóbica; um monstro feio, rápido e ambiental que nos agarra pela garganta e pelo estômago e nos lança para o meio de um buraco negro. Cornos para estes gajos oo/

Original Silence – The First Original Silence (2007)
Itália, 2005. Os super músicos Paal Nilssen-Love (bateria), Thurston Moore (guitarra) e Mats Gustavsson (saxofone) reúnem-se para um fenómeno único. Foram precisos quase dois anos mas o que interessa é que o gravaram e está disponível através da norueguesa Smalltown Superjazz desde o passado dia 20. Duas peças de uma hora em que se a primeira “If light has no age, time has no shadow” de 14 minutos é mais “catchy”, já a segunda “In the name of the law” é um exercício de 46 minutos bastante mais complexo e difícil. Barulho ou arte? Decidam isso enquanto eu vou comprar o disco. Ah, que o “The Second Original Silence” aconteça ali naquela Casa na rotunda da Boavista.

Silverchair – Young Modern (2007)
Lembro-me das primeiras vezes que ouvi os Silverchair. Devia ter uns 13 ou 14 anos e fiquei fascinado com o riff da “Freak”. Hoje, passado 10 anos, considero-os daquelas bandas especiais e nada me envergonho desses tempos. E eles também não, caso contrário teriam mudado de nome e começado de novo. Ainda bem que não. Souberam amadurecer, souberam crescer e evoluir, e é evidente que o som está diferente. Está mais ousado, mais pop, mas sem perder a sonoridade melódica e mágica que começaram a desenvolver nos últimos dois álbuns, principalmente em “Diorama”. Ouvir Silverchair é lembrar-me da minha adolescência, lembrar-me das imitações que fazia do Daniel Johns em frente ao espelho. Mas não, este álbum não é só nostalgia e só o preconceito impedirá que o mesmo seja descoberto. Para terminar, eu sei que o Roberto Medina lê este blog por isso fica aqui a sugestão: tragam os Silverchair a Rock in Rio que EU VOU.

The National – Boxer (2007)
Há bandas que comigo só funcionam por fases. Tive a fase Bloc Party com o “Silent Alarm”, a fase Arcade Fire com o “Funeral” e a fase The National com o “Alligator”. Depois disso saturei-me um pouco dessas bandas e perdi o interesse. Já ouvi este “Boxer” umas duas vezes. Chamou-me a atenção o trabalho da bateria, a voz continua “acigarrada” e hipnotizadora mas falta-me concentrar nas canções e isso não será para já.