Beck + Thruston Moore + Tortoise

O Beck é aquela pessoa que qualquer um classifica facilmente como ‘um ganda maluco’ do meio musical (e um clone simpático de Thurston Moore). O tipo faz um pouco de tudo: do rock à la Sonic Youth virado para o futuro, à pop mais amigável de sempre. Ultimamente tem-lhe apetecido fazer covers. À grande e à francesa.
O Record Club parte da vontade de Beck em experimentar mais com a música de outros. Sem olhar a géneros, mas com um cuidado especial na escolha dos colaboradores, desde que se grave um disco num dia. Sim, em vinte e quatro horas, cuja gravação em vídeo ele vai colocando online. O primeiro foi o seminal “Velvet Underground & Nico”.
A seguir veio “Songs Of Leonard Cohen”. Imaginam o Devendra a cantar as letras do mestre? Ou os MGMT a trabalharem o seu pop-psicadélico mal amanhado em torno de uma Hallelujah? Ou o Andrew Stockdale com o falsete à la Led Zep? Pois, é possível.
Logo a seguir veio “Oar”, de Skip Spence e confundiu-nos a todos com o terceiro disco da série: “Kick”, dos INXS (aqueles cujo vocalista morreu num acto de onanismo violento). Lado a lado com St. Vincent, o gigante Sérgio Dias (dos Mutantes) ou os post mais fixes do universo, os Liars.

E agora, o que vem aí? Um álbum new age: “Yanni Live at the Acropolis”. Thurston Moore alinha-se ao lado de Beck e dos Tortoise e resta-nos senão imaginar o que vai sair daí. Pura alucinação ou exercício frouxo? Com um alinhamento destes a fazer música new age tem que vir coisa boa.