Convencido de controlar a superfície inteira do visível e do audível pelas leis comerciais da circulação e pelas leis democráticas da comunicação, o Império não censura mais nada. Abandonar-se a essa autorização de gozar é ruína de toda arte, como de todo pensamento. Devemos ser impiedosamente nossos próprios censores.
Em cima o décimo quarto ponto da tese de Alain Badiou sobre a Arte Contemporânea que inspirou o título do último disco do músico-filósofo John Maus. O curioso é que chego a este disco num momento à lá Rob Gordon onde pretendia ouvir algo (interessante) mas pouco exigente, que pudesse ignorar nos momentos que precisasse. Está em loop há tempo suficiente para confessar que estou viciado nestas melodias pop onde o truque os-oitentas-são-a-nova-cena-outra-vez está a funcionar comigo.
De repente percebo metade da discografia oitentista do meu pai… Vai sair bomba ao vivo!
Vai ver o Drive André
Para mim, este é um dos discos do ano. Apesar do revivalismo e da moda dos 80, são temas pop muito, mas muito bem feitos. :)
Apanhei a mesma ‘doença’ há um mês, o raio do disco tem qualquer coisa de especial.
Eduardo, deve merecer tela, não? É esperar por Dezembro…
Ana, li a tua crítica e concordo. Vou deixar aqui para quem a quiser ler: http://pontoalternativo.com/album/john-maus/we-must-become-the-pitiless-censors-ourselves
:)