“Efeito Kate Moss”
Interessante o estudo feito pela Freeview Playback e noticiado no Blitz mas penso não ser nada de novo. Nos meus tempos de festivaleiro praticamente não perdia nenhuma banda nem dos palcos secundários e pensava porquê que os outros não eram assim. Afinal qual é o objectivo de um festival? Não é ver/descobrir/apreciar as bandas? O resto como o convívio, os banhos de sol, os mergulhos e as barraquinhas são apenas adereços que complementam a experiência. Mas não, aquilo que assistia era que 60 a 70% das pessoas iam lá para tudo menos as bandas. Gosto desta parte da notícia: “(…) cerca de metade (49%) teve dificuldade em recordar-se de que bandas tinha ido ver.” E em Portugal passa-se o mesmo. Hoje assistimos a um boom de festivais, uma aberração e um exagero para a realidade do nosso país. Felizmente isto não vai durar muitos mais anos, espero. Não tarda alguns deles começarão a cair e ainda há pouco assistimos à queda de Vilar de Mouros. Fala-se de diversas razões mas a verdade é que se já tivessem garantidas grandes bandas nunca o cancelariam. De qualquer maneira nem tudo é mau. O SBSR, goste-se ou não, está com um cartaz ao nivel dos melhores europeus, em Sines há um festival único de World Music e Paredes de Coura aposta sempre “naquelas” bandas que ninguém aposta. O resto… Como é que aquela coisa do Creamfields teve trinta ou quarenta e tal mil pessoas?? Alguém me explica? O mesmo serve para o Rock in Rio. Haja dinheiro, haja dinheiro…