Enter The Void – Gaspar Noé (2009)
Enter The Void conta a história de um dealer (Nathaniel Brown) que é assassinado em Tóquio e tenta regressar para tomar conta da sua irmã (Paz de la Huerta), como lhe prometera num pacto feito na infância.
O filme desenrola-se nesta perspectiva do personagem principal, primeiramente vivo e depois nas suas deambulações já enquanto espírito.
Noé tem afirmado que este é o seu projecto de sonho desde há longos anos e com o sucesso de Irréversible foi-lhe possível dar o passo para criar esta autêntica viagem de 2h30m.
O argumento parte das teorias do muito conhecido Tibetan Book Of The Dead, e aprofunda temas como morte e reencarnação assim como o mundo das drogas. É exactamente aqui que se encontra o defeito de Enter The Void, num argumento esburacado, que a dada altura parece não saber para onde ir. As relações das personagens já foram exploradas, os seus sentimentos também, as trips ácidas também (o que para algumas pessoas será um exagero) e a câmera continua a viajar.
É nesta viagem que Noé se mostra vital. A câmera voa durante todo o filme de forma singular, criando a ilusão de um plano-sequência gigantesco e efeitos que nos lembram 2001: A Space Odyssey de Kubrick, assim como as cenas sexuais místicas e a forma de nos mostrar a concepção da vida (mas Noé já tinha demonstrado o seu amor por este filme, lembram-se do poster no quarto em Irréversible?)
O filme surge então mais como uma experiência cinematográfica e com uma técnica de filmar exímia do que como uma história que nos dá um soco no estômago com a pujança niilista que Gaspar Noé nos tinha mostrado nas suas anteriores longas-metragens. É um bom filme, ainda que seja o seu pior…
O filme desenrola-se nesta perspectiva do personagem principal, primeiramente vivo e depois nas suas deambulações já enquanto espírito.
Noé tem afirmado que este é o seu projecto de sonho desde há longos anos e com o sucesso de Irréversible foi-lhe possível dar o passo para criar esta autêntica viagem de 2h30m.
O argumento parte das teorias do muito conhecido Tibetan Book Of The Dead, e aprofunda temas como morte e reencarnação assim como o mundo das drogas. É exactamente aqui que se encontra o defeito de Enter The Void, num argumento esburacado, que a dada altura parece não saber para onde ir. As relações das personagens já foram exploradas, os seus sentimentos também, as trips ácidas também (o que para algumas pessoas será um exagero) e a câmera continua a viajar.
É nesta viagem que Noé se mostra vital. A câmera voa durante todo o filme de forma singular, criando a ilusão de um plano-sequência gigantesco e efeitos que nos lembram 2001: A Space Odyssey de Kubrick, assim como as cenas sexuais místicas e a forma de nos mostrar a concepção da vida (mas Noé já tinha demonstrado o seu amor por este filme, lembram-se do poster no quarto em Irréversible?)
O filme surge então mais como uma experiência cinematográfica e com uma técnica de filmar exímia do que como uma história que nos dá um soco no estômago com a pujança niilista que Gaspar Noé nos tinha mostrado nas suas anteriores longas-metragens. É um bom filme, ainda que seja o seu pior…