Giant Squid – Metridium Field
Este disco é deveras fascinante.
Até há umas semanas atrás nunca tinha ouvido falar nos Giant Squid, e, não fosse o André, provavelmente ainda não teria ouvido.
Felizmente ainda fui a tempo de colocar o disco no leitor de mp3, e foi o que mais rodou nas viagens da última semana.
Originalmente editado em 2004, Metridium Field foi agora regravado e reeditado.
Ordenados navegadores celestiais, os GS idealizaram esta circum-navegação cósmica de contornos simplistas mas que foge a fórmulas pré-concebidas, sendo extremamente abrangente, e conseguindo ser hipnotizante nas suas melodias mais repetitivas.
“Giant Squid are deep-ocean dwelling animals that can grow to a tremendous size”.
A dimensão sonora consegue corresponder à grandeza do nome, expondo a magnitude da vastidão oceânica e a opressão gerada pela sensação de solidão que essa vastidão pode provocar.
O termo mais apropriado que encontro para catalogar isto é prog-doom-rock. Neurosis e Pelican têm que entrar aqui para servir de referência, juntando-se-lhes umas pitadas de Black Sabbath e Pink Floyd ao barulho com alguns ingredientes orientais que tornam a mistura única. Eles soam verdadeiramente diferentes.
A dupla masculina[marido]/feminina[mulher] de vocalistas funciona na perfeição, equilibrando-se no uso de diferentes timbres e harmonias. Por vezes ele lembra Serj Tankian dos System of a Down. As guitarras navegam de Riffs espessos a notas esparsas abrindo buracos para o sintetizador, o baixo, e outros instrumentos [Parece-me um trompete em Versus the Siren] criarem ambiências introspectivas.
Obrigatório! E para ouvir com Headphones.