Gira-discos
O que tem rodado por aqui nos últimos dias:
Uma boa surpresa deste ano. Pegam no lado melódico e psicadélico dos Flaming Lips, juntam-lhe a electrónica e misturas do Toro Y Moi e baralham tudo como se tivessem a brincar aos legos com os Animal Collective. Uma carrada de estilos empacotados.
Alice Coltrane – A Monastic Trio (1968)
Excelente disco jazz, alguns momentos mais livres (duros) e outros de extrema sensibilidade e beleza. Este trabalho serviu como tributo ao seu marido John Coltrane que faleceu um ano antes. Aqui encontram-se músicos como Pharoah Sanders entre outros. Quanto mais tempo dedico a isto mais me surpreendo.
Ouvir: Alice Coltrane – Ohnedaruth
Harvey Milk – Special Wishes (2006)
O disco novo está aí e espero que a tour também. Este Special Wishes é um grande disco de metal. Cruza os ritmos duros dos Godflesh/Monarch! e o peso dos Killing Joke sobretudo aquando o seu disco de estreia. Essencial para quem gosta de Stoner/Doom.
Ouvir: Harvey Milk – Crush them All
Joanna Newsom – Have One on Me (2010)
Tem sido justamente bajulado como o disco deste ano. Para mim que gosto de todos os discos dela, este longo trabalho serve de manjar dos fartos. A fantasia folk acaba de acender a iluminação da cidade.
Broadcast – The Future Crayon (2006)
Existem algumas bandas inovadoras que continuam a despertar um manancial de sensações sempre que as ouvimos. Não preciso de remexer nas maluquices dos tempos áureos do Kraut, basta pegar em algumas coisas dos Broadcast, Stereolab etc. Música psicadélica e experimental talhada em melodia. Nota-se aqui um lado retro que abraça bandas sonoras manhosas e discos de viníl vindos de marte. Esta não é porventura a porta de entrada perfeita, uma vez que se trata de uma compilação de lados b e outras coisas “desarrumadas”, mas não abala a mestria dos Broadcast.