O que tem rodado por aqui nos últimos dias:

Sharon Jones and the Dap-Kings – I Learned the Hard Way (2010)
Não há muito a dizer sobre este disco, Sharon Jones e a sua comitiva de excelentes músicos continuam a gravar Soul/Funk como mandam os melhores livros. Sabe bem andar uma voz destas no activo sem ter que se procurar muito nos poeirentos discos da Stax etc.

Manuel Gottsching – E2-E4 (1984)
Que foguetão! Ou diria melhor que cogumelão! Neste disco o guitarrista dos Ash Ra Temple gravou um marco que veio a influenciar muito do que surgiu depois, nomeadamente no que diz respeito à electrónica, música minimalista, etc. Tudo num contínuo progressivo que arrasta alguns laivos kraut.

The Ruby Suns – Fight Softly (2010)
Não me surpreende que hajam críticas tão díspares acerca deste disco. A voz de Ryan Mcphun é uma espécie de Boy George dopado por música dos Flaming Lips. Aliás outra característica deste disco e que exige alguma dedicação é o facto de colar diversos sons, electrónica barata, sintetizadores à oitentas, várias batidas. Tudo resultando numa espécie de música do mundo apenas exorcizada com maquinaria moderna (aqui não temas nem guitarras, nem baixos, mas muita beatalhada). Gosto.

Low – Drums & Guns (2007)
Uma das minhas bandas de eleição e que são especialistas em provocar melancolia da melhor qualidade. Primeiro sentem-se as palavras (mais políticas desta vez), depois o pulsar das batidas e rock reduzido ao essencial, ou ao mínimo, dando espaço a que se possa sentir o vazio. Não diria que este é um disco mais negro porque isso seria pintar preto sobre preto, mas talvez de uma crueza diferente.