Gira-discos
Aqui fica o que tem rodado nos últimos dias:
Beach House – Teen Dream (2010)
Uma grande surpresa. Não por se tratar de uma banda nova, mas porque só agora é que lhe tenho dado o tempo necessário para a música começar a soar familiar. Melodias pop com travo melancólico e arranjos inteligentes, seja pelo uso dos teclados, ritmos simples e a voz quente como outras perfeitas das searas folk, lembro-me por exemplo da Sibylle Baier. Perfeitamente confortável para fãs de Mazzy Star, Low etc.
Ouvir: Beach House – Norway
DOOM – Born Like This (2009)
Não são muitos os discos de hip hop que gosto bastante, sobretudo porque não sou aluno de longa data deste género – contam-se nomes como 13&God, Antipop Consortium, Edan, The Gift of Gab, New Flesh, Rhymefest, Subtle etc. MF Doom alimenta esta lista, não falta quase nada neste disco, bons samples, ritmos old-school, introdução de sons dissonantes para acompanharem palavras mais lixadas. Estou sempre a descobrir pequenas coisas que tornam este trabalho um exemplo de inteligência associada ao género.
Ouvir: DOOM – Gazzillion Ear
Arvo Part – Alina (1999)
Por vezes custa-me falar deste disco, dada a sua representação quase sagrada sempre que o ouço. Não lhe ponho defeitos, acho até que não o consigo definir perante tanta simplicidade e beleza. Ouvem-se cordas a dançar, um piano que nos quer transportar por entre sonhos, medos etc. Música clássica para momentos raros.
Umalali – The Garifuna Women’s Project (2008)
Este disco reúne vozes das comunidades Garifuna na América Central e traz-nos música do mundo – os dialectos diferentes e vai de encontro ao folk, rock, funk, música latina etc. O facto de trazer sabores diferentes a cada música dá-me prazer ouvir. Não é um clássico, mas abre a porta para os dias quentes que vão chegar.
Ouvir – méRua
T.P. Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou – The Vodoun Effect: 1972-1975 Funk & Sato From Benin’s Obscure Labels (2008)
O título deste disco poupa-me de introduções. Acrescento que se trata de uma grande maluqueira e festim rock, funk, jazz, ritmos que não acabam (os tais do nome do grupo), psicadelismo dançante, música do mundo… Só de pensar que existe muita música gravada por estes tipos, faz-me querer tornar num Indiana Jones e partir mundo fora a coleccionar tudo deles. O facto da maior parte das músicas não terem um som limpinho de grande estúdio, até faz bem, cruzinho e temperado de boa música. O cuidado na elaboração desta edição torna-a completamente irresistível de adquirir.
Ouvir vários samples
Daqui a uns dias há mais. Entretanto deixem nos comentários o que vai rodando por aí para eu plantar na horta.