Kvrtas de KVLTo #1
Toda a gente com mais de um mês de experiência cibernética e com algum gosto pela música d’O Grande Bode sabe que o adjectivo “KVLT” se refere a bandas de semianónimos pré-adolescentes franceses com a mania dos sindicatos e das demos gravadas em cilindros metálicos limitadas a -10 cópias distribuídas pelos sobrinhos mortos em tiroteios entre gangs rivais argelinos, onde o ruído de fundo se confunde com música profundamente satânica. Ou então a discos gravados nos míticos lavabos em que a mediocridade era a palavra de ordem. Quiçás ainda, a toda uma forma de comédia visual.
No meio disso, ainda há quem o aplique a bandas e/ou discos que marcaram todo o bom ouvido nas lides grã-caprinas por razões de singularidade óbvias, tais estrelas cadentes numa constelação de bandas prontas a conquistar grammys nos anos vindouros.
Seguem-se então algumas breves recomendações kvlt para não mostrarem aos vossos amigos no recreio e para gastarem alguns euritos no zébei.
KVIST
Lançaram um só álbum em 3 ou 4 anos de existência mas das suas cinzas nasceram coisas bastante engraçadas (ver xploding plastix, urgehal e angst skvadron).
“For Kunsten Maa Vi Evig Vike“ caracteriza-se simplesmente por um pegar no melhor que Emperor e Dimmu Borgir ofereciam antes de virarem super-modelos com óculos de sol azeiteiros, chapéus-molusco, saias de couro e demais indumentária superpop, ou seja, black metal “épico” com o grau e quantidade certos de teclados, pujança rítmica qb e “melodias” de assobiar no 200 a um sábado à tarde.
ISVIND
Enquanto os Immortal se cimentavam como a caricatura máxima do bm pateta e lançaram 2 discos míticos para disfarçar, outra banda de dois-elementos-que-fazem-tudo, Isvind, comia auroras boreais ao pequeno-almoço e cagavam icebergs à hora do lanche.
Dark waters stir é todo ele uma cascata de riffs malvados vindos directamente do permafrost, que claramente falseou no momento do salto para o estrelato dos amplificadores falsos na imperdoável falta de videoclips… patetas. Ainda há umas demos/eps poltergeistísticas convenientemente gravados abaixo do ponto de fusão da água e, ao contrário da maioria das coisas a retratar nesta rubrica, estão-se a reunir desde 2002, em vias de sublimar um segundo disco para breve (talvez antes da mini-idade do gelo que aí vem).
ZYKLON-B
O Samoth não só se deve ter sentido butthurt por ter sido condenado a um par de anos de sodomia institucionalizada, como já devia prever que se ia tornar completamente irrelevante em Emperor e completamente chato com os futuros Zyklon. Posto isto, chamou a Guarda Pretoriana d’O Grande Bode – Frost, Aldrahn e Ihsahn – e lançou este Blood must be shed para despejar toda a sua raiva pós-adolescente na forma de uma dúzia de minutos do mais puro ódio omnimisantrópico.
Also, kudos para a melhor sample de sempre: War is good, Hate is good, Mass murder is good, Gang violence is good, Crack cocaine is good – Anything that contributes to depopulating the Earth is good (lol).