Mixtape, srs bsns
Recentemente, por intermédio dum fórum, tenho estado envolvido numa iniciativa de tape-trading, o que não deixa de ter um certo encanto acrónico. Remete-me para o entusiasmo púbere de outros tempos, embora esteja longe de ter o mesmo impacto na minha formação musical. Geralmente tenho até mais prazer na criação da minha compilação do que na degustação do trabalho do meu congénere. Gosto mesmo de fazer compilações, até já meditei fazer um blog para partilhar exercícios em compêndios musicais. Mais do que falar de música, gosto de a partilhar.
O propósito duma compilação é simples, dar a conhecer música. Hoje em dia torna-se cada vez mais difícil prender a atenção das pessoas, deve haver portanto uma preocupação em manter uma compilação interessante e fluída. Eis algumas linhas gerais que costumo seguir:
– Tentar manter a duração da compilação abaixo dos 60 minutos. Excesso de nova informação tende a alienar as pessoas;
– Ser coerente nas nossas escolhas. O ecletismo é bem vindo mas ter em atenção a forma como as músicas evoluem;
– Evitar ser redundante. Ninguém precisa de ouvir 10 bandas diferentes a tocar o mesmo estilo de música;
– Não fazer escolhas óbvias. As pessoas já têm opinião formada acerca das bandas mais divulgadas, não precisam de voltar a ouvir as mesmas músicas.
Dito isto, toma lá morangos.
Wolf People – One By One From Dorney Reach
Steel Mammoth – Evil Intervention
Young Widows – 21st Century Invention
True Widow – Skull Eyes
Gonga – The Greaser
Orchid – Black Funeral
Year Of The Goat – Dark Load