My Dying Bride – A Line of Deathless Kings
Já sei que será impossível algures no futuro surgir um disco dos My Dying Bride que me venha a soar tão bem e tão refrescante quanto o Turn Loose the Swans ou o The Angel and the Dark River. Esses álbuns foram demasiadamente importantes. São a banda da famosa trindade Britânica (completada por Paradise Lost e Anathema) que se mantêm mais fiel às suas origens. Só lamento o facto de nunca mais terem usado o violino :-Quem gosta de MDB já sabe moderadamente com o que é que que pode contar, afinal, são os Reis da coisa, e, obviamente que o disco não está mau, mas eu já ouvi isto algumas vezes e não posso afirmar que vai para o top5, o que, devido à qualidade desse top, também não implica nada de propriamente negativo :-s
É verdade que está a crescer à medida que vai rodando e rodando e rodando… Há quem diga que o Doom deve ser lento e depressivo, eles já por lá andaram, saíram e voltaram. Aqui voltam a fazer um disco mais românticó-lamechas e menos obscuro que o anterior.
A maior parte está numa toada e ritmo muito semelhante ao que elaboraram em Like Gods of the Sun. Não é um disco lento, e tem algumas leads deliciosas como em Loves Intolerable Pain logo a seguir a um dos poucos momentos de desespero “berrados”, que vai desaguar numa parte falada de arrepiar a espinha.
O maior empecilho à absorção deste disco foi mesmo a sensação inicial de déjà vú que alguns Riffs me trouxeram, mas essa sensação foi-se dissipando conforme me fui familiarizando com os temas. As pouquíssimas vocalizações Death são compensadas por excelentes variações melódicas na voz do Aaron. O uso do teclado também é reduzido e quando aparece é empurrado lá para atrás, exceptuando na introdução de Thy Raven Wings onde carrega um minimalismo melancólico.
Para ir consumindo e descobrindo.
Em destaque para já:
To Remain Tombless
I Cannot Be Loved
The Raven Wings
Loves Intolerable Pain
Edição a 9 de Outubro pela Peaceville