No Words/ No Thoughts: Obliteration, Bölzer, The National, Swans

Roubando descaradamente, pelo menos por esta semana, o formato das rapidinhas popularizado pelo André, aqui fica o que mais se ouviu nesta semana.


Obliteration – Black Death Horizon (2013, Indie Recordings/Relapse)
O death metal não precisa, felizmente, de salvação, como muitas vezes é preconizado; mas caso fosse essa a situação, este Black Death Horizon estaria na linha da frente da reanimação do estilo. Paridos por uma cidadezinha norueguesa chamada Kolbotn – onde também nasceram uns tais de Darkthrone – os Obliteration têm no seu terceiro disco uma demonstração ímpar de death metal old-school a tresandar a necro e onde cada riff é mais ameaçador do que o anterior.
Ouvir: Obliteration – The Distant Sun (They Are The Key)


Bölzer – Aura (2013, Iron Bonehead Productions)
Sem sairmos de baixo do chapéu do death metal, Aura – mesmo tratando-se apenas de um EP – foi dos lançamentos mais marcantes do género nos últimos tempos. Os Bölzer não deixam de lado a sua ascendência suíça e fazem uso de um impressionante canivete multifunções de influências, que abrange uma linha desde os clássicos do death até aos Neurosis, passando por uma reverência clara aos seus conterrâneos Celtic Frost. São três temas num total de 23 minutos, onde o destaque claro vai para a faixa “Entranced By The Wolfshook”. Aquele riff!
Ouvir: Bölzer -Entranced By The Wolfshook


The National – Boxer (2007, Beggars Banquet Records)
Confesso que o último disco dos The National não me disse grande coisa, com a excepção de um ou outro tema, mas o falatório à volta do seu lançamento, bem como do concerto em Lisboa, fez-me ir desenterrar este Boxer que, na altura em que foi lançado, ficou com os mp3 gastos de tanto rodarem no meu saudoso Creative de 1GB. Continua a ser o meu disco preferido da banda de Matt Berninger e passados estes anos, mesmo num iPod onde cabe toda a música do mundo, a magia é a mesma.
Ouvir: The National – Mistaken For Strangers


Swans – The Great Annihilator (1995, Young God Records)
Quem me dera estar em casa a ouvir Swans.
The Great Annihilator é um dos registos menos abrasivos de todo o catálogo dos Swans, mas foi o primeiro disco que ouvi da banda (acreditem ou não, encontrei-o por acaso ao explorar a parca colecção de cds da minha antiga faculdade) e isso garante-lhe um lugar cativo e especial no coração. Menos abrasivo, mas nunca menos perturbador; afinal é dos Swans que falamos e Michael Gira e companhia conseguiriam erguer um oceano de negrume a partir de um ukelele e uma pandeireta caso fosse necessário. Já agora, a She Lives! deste disco é provavelmente o meu tema preferido dos Swans e o Michael Gira toca-o sempre nos seus espectáculos a solo, portanto que o dia 4 de Março chegue depressa.
Ouvir: Swans – She Lives!