O que ouvem por aí?
Música despida mergulhada em arrependimento através de uma voz marcante. Post-wave, dizem. Um download feliz que não ficará por aqui.
Galops – Galops EP [Holy Roar 2010]
Por muito que queira – e não conhecendo as pessoas em questão nem sequer devia – não posso afirmar em falta de genuinidade, mas isto é um rip-off autêntico dos Battles e [modocristianoronaldo]quando assim é[/modocristianoronaldo] fica a pergunta: para quê?
Kylesa – Spiral Shadow [Prosthetic 2010]
oOoOO – oOoOO EP [Tri Angle 2010]
Para se fazer música não basta ter software no laptop, escolher um nome enquanto se tem espasmos no teclado, e um amigo talentoso para fazer o artwork do álbum. Não basta. Ou então sim, basta. Também não basta ouvir uma vez e pôr-me para aqui a escrever. Mas não consigo ouvir mais: não tem conteúdo, é aborrecido… adoro a capa, só.
The Knife – Tomorrow In a Year [Rabid 2010]
Grande fã de Fever Ray e quase nada dos The Knife, fiquei curioso com este trabalho sobretudo pelo conceito: uma ópera baseada nas teorias de Charles Darwin comissariada a uma banda digital-art-pop? Estranho, mas funciona. Atenção: não é ópera a tempo inteiro e por vezes os fields recordings gravados na Amazónia soam mais a Cage do que outra coisa qualquer, mas sim funciona. É um álbum atonal para explorar e ir explorando.
Ulver – Blood Inside [Jester 2005]
A recente confirmação da passagem dos Ulver por PT fez-me pegar nos álbuns (confesso que não os conheço a todos) e relembrar o quanto esta banda é interessante e especial. E alguém disse: “E, como se espera de uma banda como os Ulver, o resultado final é infalivelmente eclético, extremamente inspirador, e nunca inferior a um passo corajoso para as profundezas do desconhecido.” Brutal!
Univers Zero – Clivages [Cuneiform 2010]
Mais que a música em si, vamos criticar este álbum dependendo da maneira como encaramos este regresso. Os Univers Zero são uma banda de culto, provavelmente datada, e Clivages vem demonstrar que continuam com o seu som – “música/ rock de câmara para um mundo escuro” – único. Com uns arranjos pomposos e obviamente orquestrais, quem adorou os UZ até aqui provavelmente vai considerar que atingiram o topo. Talvez. Agora é vê-los ao vivo.