Há uns tempos descobri (através dos amigos dos amigos no MySpace) este projecto curioso que dá pelo nome de Olelé Brut.

Musicalmente o primeiro chavão que salta aos ouvidos é o de “chiptune” embora, numa análise mais atenta comecemos a reparar que não é só – não desfazendo dos chiptunistas que por aí andam, este genre tende a ser um pouco limitado…

A verdade é que neste album noto algum cuidado adicional no modo como o som foi tratados, seja pelo uso simpático da distorção ou dos delay ou lá pelo que for, e esse cuidado adicional separa-os um pouco de outras coisas que já ouvi idênticas.

É sujo e arrastado (a faixa “Four” é quase épica), dissonante quanto baste de vez em quando e muito espacial (“Raimon Nana”). Tem também alguns momentos de terror sónico quando entram as square waves do inferno a fazer sangrar os tímpanos (“Merda di Talardo”) que poderiam ter sido feitos por um qualquer grande nome do Japanoise ou da Power Electronics.

Fica aqui a “Golden Pussy” que me faz lembrar as coisas giras que a NDW fazia nos antigamentes.

O album está disponível, gratuitamente, na página da editora suRRism Phonoethics. Já agora, havendo tempo, aproveitem e leiam o Manifesto deles que tem algum interesse.