
Sim, mais um post sobre os Mono e o seu novo disco! Acho que já estou a exagerar nas audições consecutivas, fiquei completamente colado desde ontem, altura em que o ouvi pela primeira vez, e não me parece que esteja apenas motivado pelo encanto inicial. O quê que há para não gostar em Hymn To The Immortal Wind? Como é que a colaboração dos Mono com uma orquestra de 26 elementos poderia não resultar? Nada, e não poderia não resultar. A grandiosidade e o poderio desta colaboração são sentidos logo na abertura do disco com
Ashes in the snow, tema que já tinha servido de avanço no Myspace. Sim sim, contém os estereótipos do post-rock à la Mono que eu tanto gosto e ainda por cima em brutal harmonia com a orquestra. O volume da percussão é intensíssimo e o reverb das guitarras em fusão com os arranjos de cordas é de arrepiar. Outros temas como
Pure as snow ou
Everlasting light demonstram a mesma dimensão avassaladora e empolgante, e se a delicadeza sempre se manifestou nas suaves evoluções dos crescendos, é na serenidade e beleza das orquestrações de
Burial at sea,
Silent flight sleeping dawn ou
Follow the map que reside o maior desalinhamento face a trabalhos anteriores [não nos esqueçamos da colaboração com World’s End Girlfriend]. No entanto, os proventos sentem-se em todas as notas e o mérito do impacto que vai para lá do campo auditivo é conjunto, mas é também uma capacidade que os Mono já possuíam. Globalmente o melhor trabalho dos Mono? Provavelmente, mas agora vou fazer uma pausa e deixar isto arrefecer um bocadinho [até amanhã].