
Respeito muito o nosso fado, gostava de o ver mais explorado e violado, mas não consigo ouvir um disco do início ao fim. Este “Sempre de Mim” não foge à regra, mas tem momentos de um gajo se arrepiar. “Mar Impossível”, por exemplo…

A única razão de ter ouvido este álbum foi para conhecer o passado de um músico que admiro muito (Mike Gallagher, Isis) pois o hardcore nunca foi muito a minha “cena”. Reconheço que é um disco cheio de pica e bons momentos, mas…

Já fui mais fã da Hydra, nesses tempos consumia tudo que editavam até que me comecei a cansar ou desiludir e fui desistindo. Não sei o que me levou a insistir nestes Helms Alee, mas ainda bem que o fiz. Tal como Torche, também da HH, cansa-me ouvir o álbum até ao fim, mas tirando esse pormenor (quem disse que os álbuns são feitos para se ouvir do início ao fim?) estou muito surpreendido. Fãs de Sonic Youth, Melvins e até dos Torche, vão certamente gostar. Simpática estreia!

Parabéns à Utech e às “URSK series” (que envolve o design de Stephen Kasner) por esta iniciativa brilhante: editar discos de bandas completamente desconhecidas com um artwork ao nível do melhor que há. Desta vez, os Klangmutationen vêm da Malásia e têm um som que vocês ora vão odiar ou gostar mas nunca amar. O que também pode acontecer é odiarem à primeira audição e gostarem logo à segunda, comigo foi assim. Este é um disco de free-jazz escuro e tenebroso que pode mesmo alterar-vos o sistema nervoso. Mas sim, é grande!!

Aqui está o projecto a solo do tal Mike dos Isis que falava em cima. Não é a primeira nem segunda ou terceira vez que falo de MGR aqui no blog, por isso pouco há a acrescentar ao que foi dito anteriormente mesmo sendo este um disco novo (o que neste caso é um grande elogio). O primeiro riff do álbum lembra-me a CFT do Celestial, bom sinal, e é aí que começa mais uma viagem épica e gloriosa bem ao estilo que já nos habituou. O músico que aqui o acompanha – Destructo Swarmbots – deve-vos ser familiar das remixes e interpretações do Oceanic, mas é na guitarra que está toda a essência deste projecto. Preciso tanto de um concerto de Isis por ano como dum álbum de MGR.

Há uns anos atrás, vi os Monno no Passos Manuel. Eu e mais cinco pessoas. Foi triste ver uma plateia tão despida, mas a banda foi super profissional e arrasou. Parece-me que, ao fim de meia dúzia de audições, os Monno estão diferentes. Isto é doom sem ser doom, percebem? Eu sei que não, mas ouçam. Os fãs de Bohren, Sunn ou até mesmo Swans ou Godflesh vão chegar lá. Por aqui continua a crescer e só tem um defeito: cada vez que ouço o primeiro tema lembro-me do Crestfall a fazer headbanging mórbido no meu carro. Tirando isso…

Aceitei a sugestão e investiguei este álbum do princípio do século passado. Trata-se de sete marchas fúnebres a violino cheias de melancolia e beleza. A própria gravação ajuda a dar esse ar “vintage”. Se alguma banda de post-metal pegar no primeiro tema e o transformar, aposto que temos “single”. Bela surpresa.

Estava à espera de mais, melhor. Li tanta coisa boa sobre estes americanos, a própria editora é selo de qualidade garantido, mas confesso que estou desiludido. Talvez esteja cansado e farto deste tipo de sonoridade, talvez. Parece ser um disco homogéneo e coerente, mas deixo para mais tarde. Para fãs de Melvins, Oxbow, Neurosis, Harvey Milk, Jesus Lizard…

A expectativa era grande ou não fizessem parte desta banda os vocalistas de Dillinger Escape Plan e Battle of Mice, o baixista dos Isis ou o guitarrista dos Candiria (não tou com pachorra para pôr nomes). Portanto, quando a expectativa é grande o tombo também pode ser maior. Não vou dizer que o meu o foi, mas com um músicos desta qualidade esperava algo mais. É um “grower”, os temas crescem bastante com as audições, mas no fim fico a pensar se as vozes juntas do Puciato e da Xmas não mereciam melhor.

James Blackshaw, Sir Richard Bishop ou mesmo Ben Chasney têm mais um companheiro para o seu grupo de amigos. Zak Riles é membro dos Grails e só isso era razão mais que suficiente para ouvir este álbum. Os nomes acima citados não deixam lugar a surpresas, este é mesmo um disco para fãs de toda a música que começou com Fahey, mas nota-se algo diferente. Os fãs da banda de Zak vão-se aperceber…
os klangmutationen antes ja editaram pela holy mountain.e sao sem duvida uma cena brutal ../
mgr gostei, nunca fico pegado a um disco dele, mas sao fixes.
monno ainda nao ouvi este bem.
rye wolves, tens razão…cansa,mas n deixa de ser um disco fixe.
O único álbum que conheço daí é o de Helms Alee, e que álbum! Gosto mesmo muito dele e figura no meu top do ano :).
Vou investigar o resto…
Eu quero ser da cena e não conheço Cast Iron Hike, shame on me.
Helms é bem porreiro, influencias inegáveis de Melvins e consequentemente tb me lembram big business.
Eu a fazer headbanging no teu carro ao som de Monno? Deixaste a música tocar uns miseros segundos e eu ainda nem conheço o disco! Mas fiquei muito curioso com essas boas referências todas.
Rye tb já te tinha dito que achava que lá para o meio se perdia um bocado, mas o início e o fim são muito bons m/. Spylacopa soube-me a muito pouco, acho que o melhor tema é mesmo aquele que puseram a circular antes do disco aparecer.
Epá. Não conheço nada. Só Spylacopa que estou para ouvir ainda. lol
Vou dar atenção aos Helms Alee, quando referes que +e indicado para fãs de SY só tenho que ouvir. Mas n gosto de Torche, por isso, vamos ver :D
Camané é como dizes não é fácil ouvir o disco td. Acho que o Camané tem um potencial brutal, mas..
helms alee rockz
Spylacopa!!
(nao conheço mai nada…)
aqui está mais um da meia-dúzia de pessoas que esteve em monno no passos manuel!
Tenho mesmo que descobrir Monno, pelas referências… :)
Interessante o trabalho de Pierre Dubuisson…
Eu como GRANDE admirador do Fahey, não resisto em sacar o disco do Zak Riles.
pedro nunes
Por aqui não se tem ouvido muita coisa nova…
Shalabi Effect – Pink Abyss – um caldeirão de influências, uma banda que tem de ser ouvida por todos aqueles que gostam de música experimental, do pós-rock ao jazz, do noise ao pop sinfónico…
Rtx – Transmaniacon – Hard-rockalhada carregada de efeitos, ideal para ouvir no carro…
Edan – Beauty and the Beat – Grande disco de Hip-Hop que vai beber a vários estilos, soul, funk…
The National – Alligator – Ahh a perfeição ali tão perto…
The Wirtschaftswunder – Tscherwonez – Uma pérola. Procurem no Google, irá aparecer um dos melhores blogs de sempre (mutant-sounds) e é só sacar isto…
pedro nunes
Pedro,
Não que queira promover a amplificasom a partilha de ficheiros, mas Shalabi Effect – Pink Abyss é algo quando a ver se ouço sem grande sucesso e o teu post aguçou novamente a pesquisa sem sucesso:)
Concordo com National, não custa nada tentares a banda irmã dio guitarrista que já sugeri por aqui: Clogs para chegar à perfeição absoluta :D
Hey Adriano, a Amplificasom é a favor da partilha de ficheiros. Aliás, se não fosse essa maravilha não organizaríamos metade dos concertos que organizamos. A compra posterior do original ou não vai depois da consciência/ carteira de cada um, por isso Pedro mete aí o link desses gajos :)
adriano e andré aqui vai,
http://www.mediafire.com/?r1w7yug8ng3
quanto a Clogs tenho que ouvir melhor, rodei algumas vezes o “Lantern” mas não agarrou…
pedro nunes
que é feito de ti ó nunes?? :p
andré: tenho sim.
Pedro,
Obrigado, vou digerir.
Sobre Clogs, ouve o Thom’s Night Out, é o primeiro deles e o meu preferido ainda. É dificil dizer pq esse colectivo é a minha banda de referência actual. É tudo tão bom e tão linear e circular, faz tanto sentido que é apenas isso. Ou de uma forma mais bronca, fazem-me dizer FDP’s!!!! como Tool e o Oceanic me fizeram dizer :) FDP’s!!!!!! ;D
Adriano, tás-me a deixar muito curioso. Vou espreitar esses Clogs…