Devil Sold His Soul & Tortuga – Split EP [Holy Roar 2008]
Se depois do excelente e sexy “A Fragile Hope” ainda havia dúvidas quanto à qualidade destes ingleses, então elas acabam por se dissipar com este tema. Falo de “Crane Lake”, um arrepiante dilúvio sonoro (tou-me só a armar) que mostra os DSHS na sua melhor forma, diria mesmo o auge da sua (curta) carreira. Esta é daquelas bandas que para mim têm um momento, mais tarde ou mais cedo acabarei por me cansar, mas enquanto se mantiver esta qualidade então vale a pena espreitar aquela que é a melhor banda de pós-metal a sair das Inglaterras (há quem chame pós-hardcore, outros screamo, etc). Já os Tortuga, devia-lhes cobrar pelo tempo perdido na audição. Pá, todos têm direito a fazerem a música que curtem, mas já não ouvia algo que me desse tanto sono e me provocasse uma crise de aborrecimento há muito tempo. Ménes, já todos ouvimos esses riffs 323 vezes, ok? Alguém traduza que eu não sei inglês.
Einsturzende Neubauten – Kollaps [ZickZack 1981]
Terceira tentativa para “descobrir” esta instituição germânica e desta vez posso dizer que valeu a pena forçar. Como disse há uns tempos, às vezes é uma questão de timing e disponibilidade para determinados sons, e com este “Kollaps” cheguei lá. Agora começo-me a aperceber da grandeza desta banda e, claro, arrependo-me de não ter estado no concerto do ano passado. Aceito sugestões para começar a investigar a carreira deles mais aprofundadamente.
Fall of Efrafa – Tharn [Sound Devastation 2008]
Tharn é a interpretação do tema Dominion Theology (Elil, 2007) por dois amigos que se auto titulam como Paper Aeroplane. Não sei a relação que têm com a banda, provavelmente nenhuma, e estou demasiado preguiçoso e desinteressado na resposta. De qualquer maneira, apesar de não gostar de certas “pontes” entre diferentes partes do tema, creio que a dupla até fez um bom trabalho. Aconselhado a fãs da banda, apenas.
Khanate – Clean Hands Go Foul [Hydra Head 2009]
Eis a banda com o som mais zangado, mais deprimente e mais odioso que conheço, mas é impossível não adorar isto. Portanto, eu, André Mendes, aceito ouvir os Khanate, com ou sem phones, na saúde e na doença, até que a morte nos separe. Dispenso o beijinho final, mas já me sinto viúvo ou não fosse este o último álbum de uma das melhores bandas que já ouvi…
Mothlite – The Flax of Reverie [Southern 2008]
Insisto, entraria no meu top 10 se hoje fizesse a minha lista de 2008. Desespero pela edição física, e aconselho-vos a ouvirem esta nova banda de Daniel O’Sullivan. Palavras do Crestfall aqui. É maravilhoso este disco, maravilhoso.

Morrissey – Years of Refusal [Decca 2009]
Os The Smiths foram grandes, foram das melhores bandas pop que o mundo já conheceu. Já Morrissey vive bem à custa disso e parece acomodado. Tirando o marcante “You Are the Quarry”, não encontro mais nenhum álbum tão homogeneamente bom. Este é o décimo e mais uma vez encontramos Mozz em piloto automático (as capas horríveis já são imagem de marca). É claro que para um fã como eu, isto lá roda de vez em quando, mas não há dúvida que nem ele nem os músicos de estúdio estavam muito inspirados.

Robert Henke – Atom Document [Imbalance, 2008]
Palavras para quê?

Vejam o vídeo e investiguem o trabalho de Robert Henke.
She & Him – Volume One [Merge Records 2008]
Uma razão para ouvir este disco: Zooey Deschannel. Não? Não tão a ver quem é? Zooey é actriz, entrou recentemente em filmes como o The Happenning do Shyamalan e tem os olhos mais lindos de Hollywood. Infelizmente, este disco com o Sr. Ward não acompanha a beleza dos mesmos e vale apenas pela curiosidade, mas há quem diga que é um grower…
Stephen O’Malley – Keep An Eye Out 12” [Table of the elements 2008]
Faço uma revisão mental à carreira deste mestre, ouço o novo de KTL e o novo de Khanate, ouço este doze polegadas e oficializo: Stephen O’Malley é um deus!
Vanessa Van Basten – Psygnosis EP [Consouling Sounds 2009]
Crest, lembras-te quando o “La stanza di Swedenborg” nos bateu de tal maneira que compramos o álbum logo nessa semana? A meias, para dividir portes. Tal não vai acontecer desta vez pois este Psygnosis é daqueles que me soa a vulgar após cada audição. Não, não bateu e está longe disso, mas façam o favor de confirmarem por vós próprios. O som é aconselhado a fãs de bandas do catálogo da Hydra Head ou da Neurot.