Alan Sondheim & Ritual All 770 – The Songs [Riverboat 1967]
Sem nunca perder o contexto cronográfico, The Songs é uma peça avant-garde que faz parte da história musical. É uma interessante e intemporal obra datada de 1967 recomendada por músicos como Nurse With Wound e para fãs de John Cage, por exemplo.

Charanjit Singh – Synthesizing: Ten Ragas To A Disco Beat [His Master’s Voice 1982]
Ao traduzir ragas tradicionais do seu país através dum sintetizador, Charanjit Singh inventou o termo “Acid House” mesmo que o mesmo só tenha surgido anos depois.
“Ten Ragas…” é um disco cheio de vida, mas que também deve ser apreciado com a sua época em mente.
Devil Sold His Soul – Blessed & Cursed [Century Media 2010]
Em 22 de Janeiro de 2009 escrevi: “Esta é daquelas bandas que para mim têm um momento, mais tarde ou mais cedo acabarei por me cansar..”. Está praticamente tudo dito em relação ao segundo LP destes ingleses. O seu som e fórmula continuam em boa forma, a mim é que já não bate.
Luciano Cilio – Dell’Universo Assente [Die Schachtel 2004]
Escrito em 1977, foi graças ao esforço de editora e de Jim O’Rourke que conseguimos ter acesso a este disco maravilhoso… e trágico. O “Universo Ausente” foi o único disco que Luciano nos deixou antes de tirar a sua própria vida cinco anos mais tarde. Luciano toca guitarra, piano, flauta, baixo, mandolim num registo que vai agradar os fãs de Morton Feldman, Steve Reich e afins. Ouvimo-lo a desistir de algo e aceitar o seu destino, a reconciliar-se com o seu futuro, mas isto tudo duma maneira melancólica, profunda e sublime.
Samsara Blues Experiment – Long Distance Trip [World in Sound 2010]
Uma das melhores recomendações que já me deram aqui no blog, que grande disco!! O debut destes alemães é mesmo uma trip enorme, é como se o desaparecimento de Syd Barret e Jimi Hendrix não passasse duma fachada para eles se dedicarem a uma agência de viagens que nos leva a dar umas voltas pelo universo. E foda-se, esta é só a primeira rota!
White Heaven – Out [PSF 1991]
Com um valor aproximado de 300 dólares, Out dos japoneses White Heaven são um dos poucos álbuns do catálogo da PSF que me desiludiram. As críticas são unânimes – “o disco é um monstro” – mas a mim tarda em bater. Ouçam-no e digam-me algo.