Boris – New Album [Tearbridge 2011]

É isto que me agrada nos Boris, não saber o que esperar antes de pôr um novo disco a tocar. É o 15º, diz-se por aí, mas creio que nem eles o poderão confirmar. Desta vez, viraram-se para o J-Pop e para os oitentas e setentas sempre com aquele brilhinho e exotismo que já é imagem de marca há muito tempo. Não têm medo de arriscar, rockam como nenhuma outra e aposto que também não se levam muito a sério. Ligam os orange e está um novo álbum feito. Excelente, diga-se.

Gil Scott-Heron and Jamie XX – We’re New Here [XL Recordings 2011]

Tentei. Perdi tempo, mas tentei. A banda dos dois xis nada me diz, mas quando se fala de Heron é obrigatório, tinha que o ouvir. Não creio que tenha sido arrogância por parte de Jamie XX, mas quando se tem um álbum tão perfeito como foi o regresso do mestre Gil, qualquer reinterpretação é inútil. Esta pelo menos foi.

Josh T. Pearson – Last Of The Country Gentlemen [Mute 2011]

Vocês lembram-se dos Lift to Experience? Devem ter passado uns 10 anos daquele duplo e intenso apocalipse. Desta vez o apocalipse é pessoal e intimista. Josh Pearson, o líder, continua com o seu fardo e sempre agarrado ao velho testamento. Acredito que o disco possa ser mais terapêutico para ele do que para quem ouve ou não fossem os seus temas, pelo menos desde que o conheço, um reflexo de quem parece ter sempre o pior dia possível.

Process of Guilt – The Circle [Bleak Recordings 2011]

Foi com The Circle que os PoG encerraram o enorme Erosion e é esse mesmo tema que dá origem a este fértil EP de reinterpretações. Rodearam-se de outros talentos como Sanford Marker, por exemplo, e o resultado é um misto de satisfação e ansiedade pela série de possibilidades sobre o que será o próximo disco. Actualmente são umas das melhores bandas portuguesas da actualidade cujo potencial nunca duvidei. Que o terceiro álbum seja o click para o reconhecimento devido… e merecido!

The Strokes – Angles [RCA 2011]

Não sou o maior fã, nunca fui, mas vou estando atento aqui e acolá. Pelos vistos, o fim esteve iminente, pelos vistos dão entrevistas em separado e mandam recados uns aos outros pela imprensa. Pelos vistos. Não contabilizo os álbuns a solo pois não os ouvi, mas será que este ambiente se reflecte na música da banda? Assuma-se: Angles é fraco, tão fraco que voltamos a fazer play perguntando-nos se estamos a falar dos mesmos Strokes. Ok pronto, não é assim tão mau mas há hiatus que deviam durar mais tempo.