RIP Erland Josephson

Foi mais que um amigo, cúmplice e até alter-ego de Ingmar Bergman. Deu alma a filmes de Tarkosky, Kaufman e Liliana Cavani; escreveu peças, contos, poemas e roteiros; foi director do Real Teatro Dramático e do Instituto Sueco de Cinema. Mas, era com o realizador de Scenes from a Marriage que estava ligado artisticamente e que realmente fez história.

Vi-o pela primeira vez exactamente nessa obra-prima e nunca me irei esquecer da sua presença, da sua cara, da sua voz. Em todos os filmes que via, impressionava-me sempre com tudo que ele transmitia, com tudo o que deixava ficar em cada cena.

Deixa-nos aos 88 vítima de Parkinson e, se ontem Max von Sydow tivesse ganho o Oscar, o dia teria sido menos triste. Não que a estatueta dourada signifique alguma coisa, muito menos para Erland que chegou a fazer o comentário em baixo após o convite para a sequela do Tubarão, mas consolava. Ontem consolava. Rest in Peace.

I rather have intellectual battles with Liv Ullman, than fighting with some shark.