
Por agora lá abdiquei dos Mono, no entanto continuo a ouvir sonoridades oriundas do país do sol nascente na forma de rock instrumental. Tomei contacto com o álbum de estreia dos
Sgt. –
Stylus Fantasticus [2008] – há umas semanas atrás graças a uma qualquer lista dos melhores do ano. Apareceram-me indiciados como membros da família do post-rock e até compreendo porquê, mas seria uma injustiça limitá-los a essa fronteira. Como li noutro site e muito bem, a serem do post-rock, são do da mesma estirpe de uns Magyar Posse. Não se prendem aos contrastes dos crescendos quiet/loud, procurando antes a dinâmica do embate entre uma forte, experimental e por vezes caótica secção rítmica, com um violino e piano condutores das emoções. Sente-se a liberdade criativa, o descomprometimento ilustrado numa forte inclinação para a improvisação e para a descontinuidade, que torna o desenrolar dos temas atractivo e de certa maneira surpreendente. Todavia as verdadeiras pérolas deste álbum chegam nos dois épicos finais, na beleza de
Destroy the galaxy, create the power plant e na urgência de
Fluctuation of the nothing.