Sioux
Na década de 70, com o progressivo no seu auge, imagino que os mais puristas tivessem dificuldade em colocar este disco na mesma prateleira. Se na sua ideologia Bury My Heart at Wounded Knee fugia às “trips” ou à mitologia características da época para dar lugar a um disco conceptual baseado na exterminação do povo indígena pelos americanos brancos (o massacre de Wounded Knee em 1980), musicalmente falando também aqui não há quilómetros de solos nem outras excentricidades típicas. Vejo alguns sites a colarem-no ao kraut, embora aí acredite que seja mais por afinidade geográfica e pelo facto de quase todos os membros dos Popol Vuh terem feito parte do alinhamento (logo há Florian Fricke nas teclas!!). É um disco quase acústico (não no sentido literal) com elementos de prog, psicadélico e folk. Uma viagem melancólica e inspiradora, uma companhia tremenda.