SLB vs FCP: O David Maranha é sportinguista
Sou portuense. O Porto é a minha cidade. Adoro. Sim, imagino-me a viver noutros lugares, mas a casa seria sempre aqui.
Hoje é dia de clássico, quem gosta de futebol sabe do que falo, e quando conheço alguém e o assunto se proporciona, pergunta-me como é que me tornei benfiquista, um clube da capital. Por influência (não doentia, diga-se), talvez. Não que importe, sou e quero que este clube que equipa de vermelho ganhe, mas o que me leva a escrever estas linhas é perguntar a todos os portistas quando é que o FCP se deixará de bairrismos e se tornará finalmente o maior clube de Portugal?
Os resultados comprovam, dentro do campo é a equipa com mais títulos nas últimas décadas, décadas essas onde o futebol que se joga não tem segredos e todas as equipas apresentam recursos semelhantes. Se dúvidas houvessem, ganharam três competições europeias recentemente…
No entanto, para se ser realmente o maior, é preciso muito mais do que vencer só dentro das quatro linhas. Têm que me explicar porquê que eu mudo de canal para ver o resultado num jogo contra o Feirense, uma equipa de Santa Maria da Feira, e o som emanado do estádio do Dragão é “filhos da puta SLB”. Melhor, porquê que eu ouço este e outros cânticos anti-benfiquistas quando a equipa de Aimar nem sequer está em campo? E não me venham dizer que são as claques. Não são. E também não vou generalizar e dizer que todos os portistas são assim, sei os amigos que tenho.
Mas não entendo, não entendo estes cânticos, este ódio eterno e injustificável onde as derrotas vermelhas têm mais sabor do que as vitórias azuis. Também não entendo o recente episódio contra o City, cá e lá, e deixa-me triste pois, quer se queira quer não, o clube é actualmente embaixador da minha cidade. O clube percorre o mundo, mostra a esse mundo onde fica a Invicta, a casa de todos nós portuenses.
FCP é sinónimo de campeão. FCP, a começar na direcção, devia ser sinónimo de exemplo.
Que esta noite vença quem marcar mais porque isso do melhor é sempre subjectivo. E aconteça o que acontecer, o David Maranha é sportinguista e toca no Mercedes às onze e meia. Benfiquistas ou portistas, logo bebemos uns copos a ver um dos génios da música portuguesa. Mexam-se, Mexam-se assim com M grande (acho que entendem).