Something About…
Hoje falo-vos de um disco que provavelmente a maioria de vocês até já conhece. É o quarto disco em nome próprio de Alice Coltrane (depois de já ter tocado em muitos grandes álbuns, com ainda mais impressionantes personalidades do jazz).
Journey In Satchidananda foi editado algures nos inícios de 1971, altura em que Alice era já viúva de John.
Ponham-no a tocar, sentem-se e fechem os olhos, pois poucos nomes de discos foram tão acertados como este, que é uma autêntica viagem que vai seguindo sem nos dar muito tempo para pensar no que quer que seja, de tal modo que as faixas fluem com uma áurea muito mística e homogénea entre elas.
Quem ainda tem aquele preconceito contra o jazz que se desengane, pois aqui não se vão ouvir solos e variações intermináveis e prodigiosas. O disco tem um cariz muito mais drone espiritual do que devaneios jazzísticos, combinando com momentos orientais, funcionando quase como um mantra.
O oriente é a forte influência do disco, sendo que Swami Satchidananda, o mestre espiritual e líder religioso, se tinha tornado bastante próximo de Alice, bem como de outras celebridades da altura, como John Fahey ou Allen Ginsberg.
Journey In Satchidananda foi editado algures nos inícios de 1971, altura em que Alice era já viúva de John.
Ponham-no a tocar, sentem-se e fechem os olhos, pois poucos nomes de discos foram tão acertados como este, que é uma autêntica viagem que vai seguindo sem nos dar muito tempo para pensar no que quer que seja, de tal modo que as faixas fluem com uma áurea muito mística e homogénea entre elas.
Quem ainda tem aquele preconceito contra o jazz que se desengane, pois aqui não se vão ouvir solos e variações intermináveis e prodigiosas. O disco tem um cariz muito mais drone espiritual do que devaneios jazzísticos, combinando com momentos orientais, funcionando quase como um mantra.
O oriente é a forte influência do disco, sendo que Swami Satchidananda, o mestre espiritual e líder religioso, se tinha tornado bastante próximo de Alice, bem como de outras celebridades da altura, como John Fahey ou Allen Ginsberg.
Peguei no disco outra vez por causa do concerto dos Orthodox no Passos Manuel, que interpretaram o tema-título de forma sublime, e desde então é a harpa e o piano de Alice Coltrane que me têm guiado para os momentos antes de dormir…
Se ainda estão de pé atrás, pensem lá qual terá sido a razão para que Greg Anderson e Stephen O’Malley dedicassem o tema final (e talvez o melhor da carreira dos Sunn O)))) a Alice…?