Já tinha levantado a ponta do véu num post anterior, mas só recentemente ouvi na íntegra o novo trabalho de Sopor Aeternus, ou deverei dizer Anna Varney? Já que o projecto sai integralmente dos neurónios desta artista alemã. “Les Fleurs Du Mal” faz-nos viajar a tempos idos, com uma sonoridade barroca, conferida pelos teclados, com coros angélicos (eunucos?) e vozes másculas, quase a fazer lembrar os filmes germânicos do inicío do século XX. O álbum, que rouba o título a Baudelaire, é verdadeiramente malicioso, sendo capaz de proporcionar momentos de pura tristeza, para depois nos arrastar para um carrosel alegórico. Recomendo Sopor Aeternus para os sonhadores e melancólicos.

Tracklist: • “A Little Bar Of Soap” • “Always Within The Hour” • “Architecture (All That’s Erected Are Walls)” • “Bitter Sweet” • “Helvetia Sexualis” • “In Der Palästra” • “La Mort D’Arthur” • “Les Fleurs Du Mal” • “Our Lady Of The Broken Hearts” • “Shave, If You Love Me” • “Some Men Are Like Chocolate” • “The Simple Joys Of Maidenhood” • “The Virgin Queen”

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