Taking the long way home… forever.

É claro que, ao fim de quinhentos e vinte sete meses, ou lá o que foi, já ninguém me pode ver aqui neste belo tasco. Será difícil criar alguma nostalgia com a última posta. Mas ainda assim, quero dizer a todos os que me foram lendo (sim, vocês sabem quem são. Vocês os cinco.) que foi um gosto ter partilhado uma pequena selecção dos muitos disparates que tenho andado a fazer pela Europa fora enquanto bandas tocam. Como sou um tipo positivo, vou deixar com a minha última comunicação Amplifestiana não uma despedida, mas uma porta aberta para o futuro. Quando já se tiverem esquecido de mim, pode ser que volte para ajavardar aqui o nível da coisa mais uma vez. Se o André e os demais, a quem agradeço humildemente a coragem e a gentileza de não me terem “despedido” logo ao fim da primeira semana, deixarem, claro.

E como não poderia deixar de ser, a porta aberta vem em forma de lista. De seu titulo…

 

FESTIVAIS ONDE NUNCA FUI E AOS QUAIS GOSTAVA DE IR EM BREVE PARA DEPOIS VOS CONTAR TODOS OS PORMENORES SÓRDIDOS NO BLOG DA AMPLIFICASOM (SE ALGUÉM FOR A ALGUM DELES ENTRETANTO, QUE ME CONTE SE SÃO MESMO TÃO GIROS COMO PARECEM)

 

1. Mouth to Mouth Festival (03/04 Abril, Londres)

Até pode parecer estranho que um festival que vai ter agora a sua primeira edição e para o qual apenas uma banda está confirmada encabece a lista. Mas basta olhar para o bizarro cartaz e notar que a banda são os Swans e que o evento vai ser inteiramente curado pelo Michael Gira para se perceber perfeitamente. O único problema é mesmo ser em Abril, mês em que acontecem para aí 75% das coisas boas da vida. Não havia outra altura, ó Miguel?

2. Nuclear War Now! (Novembro, Berlim)

Uma ida que já adiei várias vezes mas que terá que se concretizar em breve. A dor de cabeça trazida depois de três dias de nuclear gasmask metal será épica, mas se tiver sido induzida pelos Blasphemy, pelos Revenge ou pelos inenarráveis Blasphemophager, terá valido a pena.

3. Kill-Town Death Fest (29 Agosto/01 Setembro, Copenhaga)

Estive quase, quase a lá ir este ano, mas apenas a proximidade do já extinto South Of Mainstream o impediu. Sem esse “problema”, deve ser para o ano que vou dar uma volta a Copenhaga e ouvir uma podridão das antigas. Em 2012 teriam sido os Hooded Menace, os Verminous, os Corpsessed, os Interment ou os Morbus Chron. Para o ano não há-de ser uma cambada muito diferente.

4. Neurotic Deathfest (01/03 Março, Tilburg)

Mais outro dos eternamente adiados, e sempre com cartazes alucinantes para quem aguenta a barulheira mais extrema. Só o facto de ser no 013, “casa” do Roadburn, já é um ponto de apelo quase imbatível. Aguardemos pelo cartaz de 2013…

5. Denovali Swingfest (04/06 Outubro, Essen)

Drone, noise, jazz, experimentalismo e esquisitice, desde os Nadja ou thisquietarmy até aos Switchblade ou Mike Harding, é um evento muito Amplifestiano, repleto de elegância alternativa. Para meter um bocadinho mais de nojo, em 2013 vai haver nada menos que três Swingfests – o habitual, em Outubro, em Essen, e depois dois extra em Berlim e em Londres. Em que mês? Abril, claro. Grrrr.

6. Supersonic (25/25 Outubro, Birmingham)

É vergonhoso nunca me ter posto a caminho da Custard Factory, especialmente com os cartazes magníficos que o Supersonic tem tido. Para 2013 já estão anunciados, num alinhamento para já muito à Roadburn, os Electric Wizard, os Secret Chiefs 3, os Wolves In The Throne Room e o(s) Scorn, entre outros. Mas o Supersonic tem sempre umas surpresas giras na manga.

7. Asymetry (01/04 Maio, Wroclaw)

Um festival cultural e musical de muito bom aspecto na Polónia, que em 2013 contará com os Mayhem, os Amenra, os Kilimanjaro Darkjazz Ensemble, os Shining, os Agalloch, os Cult Of Luna e mais alguns. Parece meio aleatório, o que é uma coisa boa. O único problema é que é na semana imediatamente a seguir à porrada contínua que é a sequência Roadburn – SWR. Não me apetece morrer na Polónia (nem, vendo bem as coisas, em país nenhum), mas não é nada que não se faça com mais umas cervejas no bucho.

8. Desertfest (26/28 Abril, Londres)

Um paraíso para fãs de stoner/doom, com o fascínio acrescido de um dos dias ser curado pelo pessoal do Seven Churches (âmbito do meu primeiro post aqui, há muito, muito tempo atrás). Apesar de até já ter ajudado com a organização deste ano, vai ficar na lista pelo menos até 2014. DEIXEM DE FAZER TUDO EM ABRIL, POR FAVOR.

9. Loss Of Breath (Julho, Hamburgo)

Se a vontade de passar um diazinho entre punks e diversa gente tatuada e vegan na Alemanha não for saciada pelo New Noise (que vai merecer mais uma visita minha em 2013 – há Integrity!), o Loss Of Breath dá mais dois dias disso. Este ano, para além dos portugueses Adorno, houve Alpinist, Light Bearer e Planks, entre outras coisas giras e gritadas.

10. Cry Me A River (Junho, Versmold)

…e se isso não chegar, ainda há outro! Que este ano teve Alpinist, Planks… vocês percebem a ideia.