Type O Negative – Dead Again [2007]
O Bloody Kisses é, provavelmente, o grande responsável pela criação da rotulagem Gothic-metal, rotulagem à qual eu devo ter uma alergia, tal a comichão que me provoca.
No caso dos Type O, a colagem ao rótulo até é perfeitamente compreensível. Seja pela profundidade Lugosiana da voz do Pete Steele, pela vasta palete de sonoridades tétricas dos teclados, pelo facto de serem oriundos da parte Brooklin da Transilvânia, ou pelo conteúdo lírico lascivo, religioso, sexual e vampiresco. As suas vibrações são facilmente reconhecíveis e não se limitam a ecoar elementos góticos, não há nenhuma outra banda que as produza da mesma maneira, além de que conseguem ser extremamente versáteis nos arranjos e nas composições. Podem tocar lento ou rápido, Pop, Doom, Sludge ou Hardcore que a estética é sempre a mesma.
Dead Again é o 7º álbum de originais e o primeiro disco em 4 anos. Contêm 77 minutos em que se misturam e ampliam os diversos elementos que tornaram tão característico o som da banda.
Há muitas camadas e muita variedade instrumental e vocal dentro e entre cada tema. A maior parte das músicas são bem longas, acima dos 7 minutos, e sofrem constantes mutações. As duas primeiras começam com uma aura muito Doom & Gloom num ritmo extremamente lento, para ao fim de um minuto arrancarem numa correria punk/hardcore e desembocarem em refrões para a malta cantar, o mesmo acontecendo com a mais rocker Some Stupid Tomorrow, a fazer lembrar Kill All The White People. Halloween in Heaven não é tão rápida mas é bem uptempo, contem um dos refrões mais orelhudos e introduz vocalizações femininas. September Song é a música mais atmosférica, mais perto do que fizeram no October Rust, e até vai beber influências ao rock dos anos 70 apresentando um delicioso solo de teclado. Aliás, Os teclados continuam a ter um papel proeminente em todas as músicas, tal como as tonalidades sintetizadas da guitarra.
These Three Things também é bastante atmosférica, os seus 14 minutos são uma verdadeira jornada por grande parte do espectro sonoro da banda, e a parte final até me lembra The Cult. Presumivelmente é uma música antiaborto, não sei se a letra é obra do corrosivo humor negro, até porque lá para o meio mete aliens, ou se temos mesmo o prometido cristão renascido Steele. Em An Ode to Locksmiths [grande nome!] há vibrações stoner e riffs Sabbathianos. Os riffs à Iommi não constituem surpresa e são ainda mais evidentes em grande parte de Tripping a Blind Man, onde também se podem traçar comparações de estrutura com os igualmente discípulos de Sabbath, Cathedral. O disco fecha com Hail and Farewell to Britain, uma das músicas de que mais gostei.
Dificilmente irão converter novas almas com este trabalho, mas quem, em alguma altura, teve alguma afinidade com o som da banda, deve tentar ouvi-lo, para no dia 27 de Junho marcar presença no Coliseu de Lisboa [Local estranho :-s], é que foram precisos 17 anos para cá virem!
No caso dos Type O, a colagem ao rótulo até é perfeitamente compreensível. Seja pela profundidade Lugosiana da voz do Pete Steele, pela vasta palete de sonoridades tétricas dos teclados, pelo facto de serem oriundos da parte Brooklin da Transilvânia, ou pelo conteúdo lírico lascivo, religioso, sexual e vampiresco. As suas vibrações são facilmente reconhecíveis e não se limitam a ecoar elementos góticos, não há nenhuma outra banda que as produza da mesma maneira, além de que conseguem ser extremamente versáteis nos arranjos e nas composições. Podem tocar lento ou rápido, Pop, Doom, Sludge ou Hardcore que a estética é sempre a mesma.
Dead Again é o 7º álbum de originais e o primeiro disco em 4 anos. Contêm 77 minutos em que se misturam e ampliam os diversos elementos que tornaram tão característico o som da banda.
Há muitas camadas e muita variedade instrumental e vocal dentro e entre cada tema. A maior parte das músicas são bem longas, acima dos 7 minutos, e sofrem constantes mutações. As duas primeiras começam com uma aura muito Doom & Gloom num ritmo extremamente lento, para ao fim de um minuto arrancarem numa correria punk/hardcore e desembocarem em refrões para a malta cantar, o mesmo acontecendo com a mais rocker Some Stupid Tomorrow, a fazer lembrar Kill All The White People. Halloween in Heaven não é tão rápida mas é bem uptempo, contem um dos refrões mais orelhudos e introduz vocalizações femininas. September Song é a música mais atmosférica, mais perto do que fizeram no October Rust, e até vai beber influências ao rock dos anos 70 apresentando um delicioso solo de teclado. Aliás, Os teclados continuam a ter um papel proeminente em todas as músicas, tal como as tonalidades sintetizadas da guitarra.
These Three Things também é bastante atmosférica, os seus 14 minutos são uma verdadeira jornada por grande parte do espectro sonoro da banda, e a parte final até me lembra The Cult. Presumivelmente é uma música antiaborto, não sei se a letra é obra do corrosivo humor negro, até porque lá para o meio mete aliens, ou se temos mesmo o prometido cristão renascido Steele. Em An Ode to Locksmiths [grande nome!] há vibrações stoner e riffs Sabbathianos. Os riffs à Iommi não constituem surpresa e são ainda mais evidentes em grande parte de Tripping a Blind Man, onde também se podem traçar comparações de estrutura com os igualmente discípulos de Sabbath, Cathedral. O disco fecha com Hail and Farewell to Britain, uma das músicas de que mais gostei.
Dificilmente irão converter novas almas com este trabalho, mas quem, em alguma altura, teve alguma afinidade com o som da banda, deve tentar ouvi-lo, para no dia 27 de Junho marcar presença no Coliseu de Lisboa [Local estranho :-s], é que foram precisos 17 anos para cá virem!