Visão DOOMundo: Anda aí o Country

O Carnaval está associado a uma atmosfera festiva, desde o Samba carioca às máscaras de Veneza, passando pelas pessoas criativamente mascaradas na Faculdade de Belas Artes. Para mim, a palavra “festa” poderá estar associada a diversos estilos musicais, mas hoje eu decidi associar a Country music babe!

Ao longo do meu percurso na vida, sempre que assistia a cenas de filmes norte-americanos sob ritmos Country, a associação com o espírito de festa e de animação era inevitável. Recentemente, através de uma nova vaga Country que se assiste, deparo-me a ouvir com maior frequência, especialmente nos momentos que desejo e exijo uma atmosfera alegre e com a doce sensação do “que se f*da”.

Gosto especialmente do facto de que este estilo musical deriva de uma fusão de vibrações musicais tradicionais, tais como o Folclore, Gospel, Jazz e Blues e também do sotaque Western a que está associado. Como já o mencionei para o caso de Delta Blues, também o Country deriva de desabafos da população mais pobre dos EUA.

É com muito prazer que noto que o Country está a começar a ganhar o seu espaço dentro do espectro underground. O próprio Walter do Roadburn já começou a inserção do Country no seu festivalzinho de Tilburg e cada vez mais começa a ganhar um formato diferente e variado, que deriva da fusão do estilo com outras tendências. Tal como o Jazz ganhou o seu espaço “dark” de forma original e profunda através de bandas como Bohren & der Club of Gore e The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble, também o Country parece estar a querer penetrar o submundo. Gosto especialmente de ouvir Hank Williams III e Bob Wayne (video), sendo este último o nome que integra o fabuloso cartaz do Roadburn.

Como falei, não sou um complexo conhecedor deste estilo, mas vou ouvindo! Portanto, sugestões serão sempre muito bem vindas e… porque não um concertinho de Country no Amplifest 2012?…

Por fim, quero agradecer profundamente à Amplificasom pela oportunidade de vos chatear semanalmente através da minha maldita visão DOOMundo. Vemo-nos por aí num concerto qualquer, num qualquer bar, numa qualquer esquina.