Z´EV + Flower & Corsano duo
Concertos imperdíveis e obrigatórios!!! Em Serralves, os concertos terão lugar no Ténis por volta das 18h30, o bilhete vale 5€ e a press-release reza assim:
“Para o próximo dia 25 de Julho (Domingo), a Fundação de Serralves prepara um fim de tarde musical no espaço do ténis, onde o público terá a oportunidade de poder assistir a dois grandes projectos no âmbito das vanguardas musicais, juntando-se à Galeria ZDB na estreia nacional ao vivo do duo de Chris Corsano e Mick Flower e do artista sonoro, músico, poeta e performer Z’EV.
Ao percussionista hiperactivo Chris Corsano conhecemos as fulgurantes actuações a solo, mas sobretudo as colaborações várias com músicos do free jazz e da improvisação como Paul Flaherty, Evan Parker, Joe McPhee, Jim O’Rourke ou Thurston Moore, mas também das margens mais experimentais do rock e da pop como Sunburned Hand of the Man, Six Organs of Admittance ou Bjork. Corsano tem vindo a tornar-se um dos mais requesitados percussionistas no meio da improvisação pela forma como se move facilmente entre as explosões intensas e a concentração microscópica no detalhe próximo do silêncio, sempre em diálogo dinâmico e extremamente atento com os seus colaboradores. Aqui junta-se a Mick Flower (no shahi baaja, descrito aproximadamente como um banjo indiano eléctrico), que para além de vários projectos a solo é fundador da Vibracathedral Orchestra, um dos mais influentes projectos britânicos recentes no âmbito da música livre, nomeadamente no trabalho com grandes massas sonoras.
No programa desta mesma tarde, Z’EV irá honrar-nos com a sua estreia nacional a solo. Este músico traz consigo quatro décadas de exploração sonora e, tratando-se de um dos primeiros artistas a trabalhar com percussão não tradicional nos anos 70, é também um dos progenitores do estilo de música conhecido como industrial e, já nos anos 90, esteve envolvido na génese de géneros de música electrónica como o techno hard core e gabber. É também um exímio manipulador de fitas magnéticas e poeta visual e sonoro. Ao longo da sua extensa carreira, entre os seus colaboradores encontramos nomes como Carl Stone, John Cage, Glenn Branca, John Zorn, Psychic TV, Chris Watson (dos Cabaret Voltaire), the Hafler Trio e mais recentemente KK Null, Stephen O’Malley (dos Sunn O)))) e Peter Rehberg (Pita).
Z’EV descreve os seus concertos como a orquestração de fenómenos sonoros altamente rítmicos. Os seus estudos sobre numerologia e música e sobre as mais diversas tradições, rituais e cerimoniais de percussão permitiram-lhe desenvolver um estilo de percussão que se baseia em padrões e parâmetros do som que todos apreciamos de forma inata, isto é, que produzem efeitos distintivos, sejam estes a capacidade de invocar estados mentais particulares, propriedades terapêuticas, etc. Z’EV constroi os seus próprios instrumentos com recurso a placas de diversos metais moldadas em diferentes formas e relevos. O resultado das suas performances, sempre surpreendentes, é um denso corpo de ritmos, harmónicos e texturas em mutação que dialogam com as propriedades do espaço e com o próprio público, convocado para um forma activa e imersiva de audição.”