CHRISTIAN KJELLVANDER
10-04-2025, QUINTA
UNDERSTAGE (RIVOLI), PORTO
INÍCIO: 22:30

🇵🇹 Foi como membro dos Loosegoats, banda de culto do movimento do country alternativo dos anos ’90, que o nome Christian Kjellvander se começou a fazer conhecido. Com a separação do quarteto sueco – ainda que de coração plantado nas vastas planícies do sudoeste norte-americano –, Kjellvander lançou-se numa carreira a solo que se veio a revelar bastante fértil. Desde a estreia com Songs From a Two-Room Chapel (Startracks, 2002), são já dez os álbuns longa-duração de um trovador de voz profunda e expressiva, que tanto aborda as maleitas do amor como as que assolam a humanidade, com um autenticidade emocional que serve de fio condutor entre os nossos íntimos desejos e o poder da natureza. O culminar, até agora, desta trajectória, foi o sublime Hold Your Love Still (Tapete, 2023), que expôs como nunca a diversidade incluída na vasta paleta vasta de recursos inspiracionais de Kjellvander. Acima de tudo, o sueco tem sido, ao longo da sua obra, um evocativo contador de histórias na melhor tradição de um Leonard Cohen: seja a desmontar cinicamente a cultura capitalista (Disgust For The Poor), em modo de cancioneiro do amor (Terns Took Turns), ou até mesmo usando referências geográficas de uma juventude muito ligada à Península Ibérica como analogias (Portugal, Cultural Spain), todos os temas são entregues com a mesma subtil paixão, tornando o seu cânone artístico num verdadeiro mapa de viagens, sejam elas literais ou figurativas. Mas sempre marcantes.

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🇬🇧 It was as a member of Loosegoats, a cult band in the alt-country movement of the ‘90s, that the name Christian Kjellvander first started to become known. After the Swedish – though their hearts were firmly planted in the vast South-western American plains – quartet broke up, Kjellvander initiated a solo career that would turn out to be quite fertile. Since his debut, Songs From a Two-Room Chapel (Startracks, 2002), he has already released ten full-length albums, revealing a deep-voiced troubadour as concerned by the misadventures of the heart as he is by those that plague humanity. His emotional authenticity serves as the connecting point between our most intimate desires and the grandiose power of nature. The culmination, so far, of this trajectory, has been the sublime Hold Your Love Still (Tapete, 2023), a record that showed better than ever before the diversity included in Kjellvander’s rich palette of inspirational resources. Above all, all through his work, the Swede has been an evocative storyteller in the very best tradition of Leonard Cohen: whether cynically dismantling capitalist culture (Disgust For The Poor), in singer/songwriter love song mode (Terns Took Turns), or even freely using for analogy material some geographical referencesof a youth that was very connected to the Iberian Peninsula (Portugal, Cultural Spain), each of his songs is always delivered with the same subtle passion, turning his artistic canon into a true travel map, be they literal or figurative. But always leaving amark.

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