Todos carregamos o peso silencioso do que a pandemia nos tirou. Se os últimos anos nos mostraram alguma coisa, é que a vida é demasiado imprevisível, pelo que devemos concentrar-nos no momento presente e dar a melhor resposta possível a esses anos sem concertos.

A música é algo que precisa de ser vivido e experimentado e o Amplifest trará mais uma vez ao Porto uma série de artistas inovadores para mais uma edição de concertos de vanguarda. Ansiamos esta edição de dois fins de semana que terá, como sempre, um cartaz eclético, sem sobreposições, que nos revigora e que reforçará a relação que temos convosco há 15 anos.

Somos movidos pelos tempos e os tempos exigem que façamos deste Amplifest o mais relevante e essencial de sempre. Esta será a edição do que fomos e do que seremos, será a mais marcante e a mais arrepiante, e vamos viver e partilhar esta experiência como nunca. Todos nós precisamos disto. Você, nós, os músicos, os técnicos, os agentes, as salas, os freelancers, as editoras... Todos. Juntos!

Não podíamos terminar esta mensagem sem uma palavra de conforto para todos os que sofreram durante estes anos, todos os que perderam alguém que amam, todos da nossa Amplifamília, os técnicos, as bandas e os nossos parceiros. Sabemos que não estamos sozinhos e vocês sabem que estamos convosco.

Muito em breve estaremos todos juntos no Hard Club. Viveremos a experiência com o dobro da intensidade. De coração cheio. Será único, seremos inspirados.

O Porto, quatro vezes seguidas Melhor Destino Europeu, é uma cidade belíssima, principalmente a Baixa. Para quem não conhece a cidade, aconselhamos um passeio e uma cerveja/ vinho do Porto na Ribeira contemplando o rio Douro, atravessar a ponte D. Luiz e, uma vez do lado de Vila Nova de Gaia, encantar-se com as vistas d’A cidade.

Perto do Hard Club, também ele um edifício histórico do século XIX (Mercado Ferreira Borges), é possível visitar a gótica Igreja de S. Francisco, o Palácio da Bolsa e perdermo-nos em vielas estreitas... Caminhar uns 5 minutos para contemplar a Torre dos Clérigos (se tiverem tempo, subam os 240 degraus!), mas não sem antes visitar a Estação de São Bento e os seus 20 mil azulejos pintados à mão; o Centro Português de Fotografia (na neoclássica Cadeia da Relação do Porto),admirar a arrebatadora avenida dos Aliados, subir até à Sé, ver o Teatro Nacional de São João, jogar às cartas com os velhotes na Batalha e apreciar o movimento de Santa Catarina. Apanhem o metro e vejam a Casa-Rem-Koolhaas-da-Música, caminhem até ao Museu-Siza-Vieira- de-Serralves e aos jardins, o Museu Soares dos Reis, não se esqueçam do idílico Jardim Romântico do Palácio de Cristal, as galerias de arte em Bombarda, os petiscos, os copos, as lojas de discos... Tanto para conhecer, tanto para viver.

E, passeios à parte, a certeza de que quem visita a Invicta é sempre recebido de braços abertos e sorriso na cara. Sim, o Porto é uma cidade única e só aqui é que o AMPLIFEST faz sentido.