O título deste post até poderia ser “industrial à séria”, dado um certo amansar do termo nos últimos tempos. Há uns bons anos atrás (nem vamos dizer antes do advento generalizado da internet, pode mesmo ser, ainda, antes do surgimento do Windows 95), registou-se o aparecimento de uma vaga de bandas britânicas que desenvolveram o conceito de som industrial na sua vertente mais extrema e pesada.

Baseando-se tanto nos primórdios de Swans como no death/grind, que por estes dias ainda se encontrava em plena fase de ascensão, esta sonoridade era suportada por ritmos maquinais, vozes retorcidas e peso, muito peso, contundente e claustrofóbico, com a dose certa de urbanidade e decadência.

Sendo claramente identificada a influência de Godflesh na génese deste “movimento”, representando o nome de maior relevância e que mais perdurou desde essa época, seria injusto não nomear no mesmo contexto outros nomes que abusavam do mesmo sentido de abrasividade sonora e que justificam, no mínimo, uma merecida espreitadela conjuntural, dado o bom envelhecimento da maior parte da sua obra.


Pitch Shifter

Industrial . 1991

Primeiro álbum de Pitchshifter e provavelmente o registo mais aproximado ao «Streetcleaner» algum dia lançado.

«Landfill»

Scorn

Vae Solis . 1992

Primeiro álbum de Scorn contando com dois ex-elementos de Napalm Death (Mick Harris e Nicholas Bullen) e participação de Justin Broadrick nas guitarras.

«Spasm»

Meathook Seed

Embedded . 1993

Primeiro registo resultante da colaboração entre membros de Napalm Death (Mitch Harris) e Obituary (Donald Tardy and Trevor Peres).

«Famine Sector»

Optimum Wound Profile

Silver or Lead . 1993

Segundo registo de OWP com a participação do malogrado Phil Vane (Extreme Noise Terror).

«Nazilover»