Não consigo deixar de associar ambos os discos. A parecença (propositada, diria) do artwork, o facto de ambos serem quartetos cujos nomes têm duas palavras… Mas é apenas uma associação estética. Com o devido respeito, o Vandermark não é o Brötzmann, os anarcopunks guitarristas dos The Ex não chegam perto do Sharrock e o Love talvez um dia saiba tanto como o Ronald Jackson. Talvez. De qualquer maneira, e aproveitando para sugerir a quem não conhece os Last Exit como A banda e o seu homónimo como O disco, arriscar-me-ia a dizer que os Lean Left poderão vir a ser tão grandes. Este primeiro Volume é um discaço daqueles, deleitoso do início ao fim. Texturas agradáveis e tonais sempre com a presença de forte músculo. Um dos meus favoritos de 2010, tão favorito que comprei-o após uma audição.