Rescaldo QuebraOssos
*Photos by the world famous marciomastodon.
“You are fucking sick”. Concluía o vocalista dos The Black Dahlia Murder durante a actuação de ontem. Mas já lá vamos.
Para alegria de muitos e para tristeza de outros tantos, o Porto foi a cidade escolhida para receber o Bonecrusher Fest. Eram 20h menos qualquer coisa aquando da minha chegada, e já se preparava em palco a 2ª banda da noite. Os Ingested já tinham ido à vida e pelo que pude ouvir de opiniões terceiras foi “porreiro”. Os Obscura, promovendo o seu disco do ano passado, “Cosmogenesis”, provocaram as primeiras mazelas no público do Porto com o seu death metal técnico. A noite mal tinha começado e já se via mosh desenfreado. na plateia O público correspondia em grande número, dando a impressão que os Obscura eram plenamente conhecidos. Quatro músicas, 20 minutos foi com o que nos brindaram. Compreende-se, sendo um festival de 7 bandas, que as primeiras nunca tenham muito tempo.
Um breve intervalo e surgem os Carnifex. Deathcore. Amado por uns, Odiado por muitos. Não sou fã da banda, mas gostei muito do concerto. Recheado de breakdowns, pig squeals, aquele vocalista domina. Embora puxasse pelo público não havia tanto como em Obscura a corresponder. Mais 20min e 4 músicas. Deu para apresentar uma nova e tocarem a lie to my face.
Seguem-se os The Faceless. Descontando os TBDM eram a banda que mais queria ver. E
que power detonaram! Mostraram em 5/6 temas? (Alguém me corrija), todo o seu potencial. Um festim de Death metal técnico. Para quem não conhece, ouçam o “Planetary Duality”. Melódico, progressivo, técnico, jazzy. E com uns vocais 5* na minha opinião. Soube mesmo a pouco.
Ora bem, o público esperava agora pelos necrophobic. Talvez a banda mais deslocada do cartaz, quando entraram em palco surgiram logo as reacções de quem não está acostumado ao Black
Metal. O que é isto?! Que medo! Trazendo as suas pinturas, as roupas de cabedal, as correntes e os “picos”, um show satânico. Muito comunicativo o vocalista, hasteou inclusive uma enorme bandeira durante a actuação. Apesar do som deles não me entusiasmar, foi um bom concerto,
e uma banda de black dá sempre um espectáculo visual diferente. Revelation 666, For Those Who Stayed Satanic, Blinded by Light, Enlightened by Darkness foram algumas das músicas que tocaram.
Novo intervalo e surge o som old school dos 3 Inches Of Blood. Na segunda vez que a banda canadiana passa por Portugal, 40min foram suficientes para deliciar os fãs do Heavy Metal tradicional e introduzir a robustez do Metal moderno. O vocalista têm uma voz…upa upa. Pois, se não conhecem oiçam para compreenderem ;).
Chega então o momento mais esperado da noite, entram em cena os The Black Dahlia Murder. Finalmente em Portugal, nesta data única, após quase 7 anos do primeiro lançamento discográfico, instigam ao caos no Julio Diniz. Aos primeiros acordes começa a chuva de corpos, o mosh, a insanidade. Em 45min percorreram os 4 álbuns debitando músicas como, Unhallowed, Funeral Thirst, What a Horrible Night to Have a Curse e Black Valor, e fizeram com que valesse a pena gastar 25 euros para os ver. Pareciam estar a divertir-se com o público do porto, mas apesar de este ter pedido, não houve direito a encore. De qualquer maneira foram 45 minutos que certamente ficarão na memória de muitos e arriscam-se a ser dos meus melhores 45 minutos em concerto do ano.
Obrigado aos Homens de Barroselas por não terem deixado escapar este cartaz. Brutal.