Slint forever
Hoje em dia o pós-rock está banalizado, é preciso vasculhar bem para encontrar as bandas do espectro que valem a pena. Mas não é só o espectro, a própria etiqueta também está gasta e é oferecida a qualquer som que não cumpra a fórmula A + B + A + B + C + B. Penso: como é possível que os Slint partilhem a mesma etiqueta que uns ____________ (inserir banda instrumental que menos vos agradem)? Algo não bate certo, não levemos (muito) a sério esta coisa de “etiquetizar”, mas não bate certo. Bandas como os Slint são a sua própria etiqueta, sempre soaram a eles próprios mesmo que o reconhecimento só tenha surgido com Spiderland (o Tweez também é brilhante).
Decidi partilhar este desabafo pois é a ex banda de David Pajo que roda por aqui neste dia cinzento e frio. Mas ex banda? Eles escreveram um novo tema aquando da reunião há três anos atrás… É deixá-los enterrados ou continuar a aguardar por um novo disco? Adoro esta foto. Quatro miúdos que se juntaram para se divertir e acabaram por formar uma das bandas mais marcantes. Quando viram que nada mais tinham para oferecer simplesmente pararam. Não é a coisa mais honesta do mundo?