“Sou a primeira farmacologista musical”
Vera Brandes tem um vasto currículo na área musical, inclusive como produtora de eventos, mas foi um acidente de viação que a fez chegar aqui. Após esse mesmo acidente que a deixou com algumas vértebras partidas, Vera foi avisada pelos médicos que teria que passar cerca de três a quatro meses no hospital. Estranhamente, ou não, ao fim de quinze dias estava a caminho de casa e isso deveu-se, segundo ela, aos amigos do seu companheiro de quarto (monge budista) que todos os dias vinham cantar para ele. Stefan Koelsch, neurologista na Universidade de Sussex, concorda: “Fisiologicamente falando, é perfeitamente plausível que a música afecte não só as condições psiquiátricas, mas também as desordens endócrinas, auto-imunes e do sistema nervoso autônomo”. Hoje em dia, Vera receita aos seus pacientes leitores de mp3 com temas que devem ser escutados às horas certas tal e qual um antibiótico. Que vos parece? A música poderá ser considerado um medicamento?